O Ministério da Saúde constatou que na Bahia somente Itabuna, Iuiú (5) e Santo Amaro (4,2) estão em situação de risco de epidemia de dengue. Não foram apresentados os dados de Ilhéus, porque não concluiu o levantamento dentro do prazo.
Os dados oficiais mostram que quase todos os municípios baianos vêm registrando queda no índice de infestação. Até mesmo Itabuna, que lidera o ranking estadual, conseguiu redução expressiva neste ano no número de imóveis com criadouros do mosquito transmissor da dengue.
Levantamentos confirmam que, em janeiro, 23,68% dos imóveis possuíam criadouros do Aedes aegypti. Esse número baixou para 21,3% em março. Mas a situação era ainda mais crítica em dezembro do ano passado, quando o índice chegou a 27,5%.
No limite
O trabalho de campo aponta os municípios de Ibipeba, Ipirá, Muritiba e Valença com índice de infestação de um por cento, no limite do aceitável pela Organização Mundial de Saúde. Outras 12 localidades têm índices entre 1,1% e 2,9%.
Nos municípios de Gandu, Nordestina, Palmas de Monte Alto e Uibaí a taxa de infestação de larvas foi de 2%. A situação é um pouco mais preocupante em Seabra (2,3%), Lauro de Freitas (2,8%), Alagoinhas (3%), Valente (3%), Jequié (3,3%) e Pindaí (3,5%).
Já os municípios baianos com os melhores resultados foram Carinhanha, Correntina, Ibirataia, Itaguaçu da Bahia, Itiruçu, Planaltino e Urandi, onde não foi encontrado um único criadouro do mosquito transmissor da dengue.
A lista de municípios em condição satisfatória incluem ainda Santo Antônio de Jesus, Casa Nova, Irará, Presidente Dutra, Canápolis, Jitaúna, Bom Jesus da Lapa, Candiba, Terra Nova, Candeal Serrinha, com infestação entre 0,2% e 0,9%.
A pesquisa
O LIRAa divulgado na terça-feira, 4, detectou que 117 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias de dengue, outros 533 em alerta e 813 tem índice satisfatório. O levantamento foi feito em 1.463 cidades em todo o País.
O Ministério da Saúde informou que a pesquisa é considerada um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais de saúde antecipar as ações de prevenção contra a doença.
Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando entre 1% e 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito.
Já a situação é classificada como satisfatória quando o índice está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti, a taxa indicada como ideal pela Organização Mundial de Saúde. O LIRAa ajuda os gestores a identificar os bairros em que há mais focos de reprodução do mosquito.
Ele também aponta o perfil destes criadouros. Os focos podem estar em objetos e terrenos que facilitam o armazenamento de água, em espaços em que o lixo não está sendo manejado adequadamente e em depósitos domiciliares.
