A 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (34ª CIPM), de Brumado, determinou nesta segunda-feira (7) a abertura de inquéritos sobre abordagens realizadas por policiais militares - fatos ocorridos no bairro São José - na última quinta-feira (03), no qual um vídeo mostra policiais do Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO) agredindo um jovem com cadeiras de plástico.
O fato aconteceu em frente à um bar. A segunda ocorrência aconteceu na madrugada do último sábado (05), em uma abordagem que aconteceu na frente de uma revendedora de bebidas do Bairro Santa Tereza. Também em vídeo divulgado na internet, um homem aparece caído ao solo após receber um disparo de arma de fogo de um dos policiais.
Segundo a 34ª CIPM, a guarnição foi acionada via CICOM, na qual foi informada por moradores de que um veículo estaria com um paredão de som ligado em frente à um estabelecimento comercial do referido bairro, e que o barulho impedia o sono de trabalhadores.
De acordo com a PM, no local foi abordado o possível condutor do veículo, e que no momento da abordagem não apresentou a CNH e nem os documentos do carro. Conforme a Companhia, durante a ação, o condutor queria apresentar outro motorista habilitado e começou a insultar a guarnição com palavras de baixo calão. Ainda conforme a PM, foi dada a voz de prisão ao suspeito, momento pelo qual o mesmo partiu para cima da guarnição, sendo necessário efetuar o disparo de arma de fogo em área não letal.
Em entrevista coletiva à imprensa, o Major Mário Cabral ressaltou que com relação ao primeiro vídeo em que os policiais aparecem agredindo o jovem com cadeiras (ACIMA), ele afirmou que assim que tomou conhecimento do vídeo, instaurou um processo administrativo para apurar a ação dos policiais. "Já nomeamos um oficial para apurar as denúncias e verificar o que realmente aconteceu, para que possamos dar uma resposta a sociedade.
E em decorrência desse processo, os policiais estão afastados até apuração dos fatos", disse o Major ao site 97NEWS. O Major ressaltou ainda que este tipo de abordagem não é de maneira correta, e que os PM´s envolvidos naquela situação, tem feito um belo trabalho diante da sociedade, com diversas apreensões de drogas. "Não é uma forma correta de fazer uma abordagem, no qual a Polícia Militar usa técnica específica diante dessas situações. Mas estamos apurando para atribuir responsabilidades", disse Cabral.
Já na segunda ocorrência, onde houve o disparo de arma de fogo, o Major relatou que pelo fato de uma resistência por parte dos envolvidos, inclusive segundo o Major, um deles tentou tirar a arma do policial, fez-se necessário a ação.
"Houve o primeiro disparo para cima, uma forma de controlar a situação, mas mesmo assim, o suspeito partiu para cima dos policiais, e segundo o policial, houve a necessidade de efetuar o disparo em uma região não letal", afirmou o Comandante da 34ª CIPM. Conforme o Major, o suspeito envolvido na ação, tem diversos crimes desde quando era menor de idade.
"Ele tem várias passagens, inclusive quando ainda era menor, ele ficou internado por vários meses, já teve autuação por posse de drogas e atualmente, no mês de setembro, após se envolver numa briga, quando os policiais chegaram, ele desacatou a guarnição", esclareceu. A 34ª CIPM também abriu um inquérito sobre este caso.
