O
empresário Marcelo Odebrecht anexou
a um processo da Operação Lava Jato
que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre
os réus novos e-mails com referências a valores supostamente pagos pela Odebrecht ao
petista. A defesa de Marcelo alega que ele só pôde reunir o material depois que
progrediu ao regime semiaberto e teve acesso a dados de seu computador pessoal.
O conteúdo comprovaria o relatos do empresário em sua delação premiada.
Incluídos
no processo referente ao sítio Santa Bárbara,
em Atibaia (SP), os e-mails tratam de obras na propriedade rural, da compra de
um prédio ao Instituto Lula, em São Paulo, que baseia
outro processo da Lava Jato, além de pagamentos destinados a Lula por meio da
“conta corrente de propinas” mantida entre a Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci,
identificado como “Italiano” nas planilhas da empreiteira.
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Em 21 de
junho de 2011, Odebrecht dá uma orientação ao executivo Luiz Antonio Mameri que
indicaria que Lula sabia da conta de propinas com Palocci. “Qd mencionar ao
amigo de BJ que o acerto do evento foi com Italiano/amigo de meu pai, e não com
PT, importante não mencionar nada sobre minha conta corrente com Italiano pois
só ele e amigo de meu pai sabem [sic.]”.
Segundo
os delatores da empreiteira, menções a “amigo” ou “amigo de EO” correspondiam
ao ex-presidente, que seria amigo de Emílio Odebrecht, pai de Marcelo. Na
petição encaminhada pelos defensores do empresário ao juiz federal Sergio Moro,
os defensores dele afirmam que a mensagem “reforça o conhecimento de Lula sobre
a ‘conta-corrente’ mantida com Antônio Palocci (Italiano)”.
Em 22 de agosto de 2012, Marcelo Odebrecht
comunica a Hilberto Mascarenhas, diretor do setor de propinas da Odebrecht, e a
Benedicto Junior, ex-diretor da empreiteira, que combinou com Palocci um
pagamento de 15 milhões de reais “para cobrir pedidos do amigo meu pai (sem que
ele saiba que usamos o credito) o que inclui palestras, jato…