“Na hora que a médica tirou a roupinha dela, ele estava em cima do cordão umbilical, que nem tinha caído ainda. Ninguém soube explicar como aconteceu isso. Porque antes dela ir para o hospital, eu troquei a roupinha dela três vezes e eu não vi. Ninguém viu. Nem a médica do posto viu. É uma coisa sem explicação. Só Deus para explicar”, contou a mãe da bebê, Fernanda Ferreira dos Santos, de 25 anos.
De acordo com o laudo médico da unidade de saúde onde a menina foi atendida pela segunda vez, foram aplicadas seis ampolas do soro antiescorpiônico na criança. Após passar três dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a menina teve alta, em 9 de setembro.
Do hospital, Maria Sofia, os pais e a irmã, de 7 anos, que nasceu sem parte do crânio, foram para a casa de uma tia da menina. Em entrevista ao G1, a mãe da bebê contou que a casa onde morava estava infestada por escorpiões e, por isso, não poderia voltar para lá.
A família ficará na casa da tia até se mudar para um novo imóvel. Segundo Fernanda, um empresário de Vitória da Conquista se comoveu com a história e doou 6 meses de aluguel para eles. Além disso, o homem também deu um emprego para o marido de Fernanda, que estava desempregado.
“Nem sei explicar, só agradecer a Deus pelo grande milagre que ele fez na vidinha dela e na minha pela segunda vez. São dois milagres na vida de minhas filhas. Os médicos não deram expectativa de vida para minha outra filha e hoje ela já tem 7 anos. Graças a Deus”, contou a dona de casa.
O escorpião que quase provocou a morte da menina saiu do hospital com ela e ficou com a família por alguns dias. Contudo, segundo Fernanda, a sogra dela levou o animal da casa.
“Eu mandei minha sogra levar para representar na igreja e, de lá, dar fim. Não queria ficar com esse animal dentro de casa”, disse.