A Polícia Federal (PF) vai abrir inquérito para tentar descobrir com quem a comitiva da Guiné Equatorial, que teve US$ 16 milhões em dólares e joias não declarados apreendidos, iria se encontrar durante estadia no Brasil.
A fortuna estava em duas malas não diplomáticas da delegação composta pelo vice-presidente Teodoro Obiang Mang e mais 10 pessoas. Foram apreendidos US$ 1,4 milhão e R$ 55 mil em espécie, e 20 relógios de luxo, um deles cravejado de diamantes, avaliado em US$ 3,5 milhões.
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A comitiva desembarcou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), a bordo do Boeing 777-200 do governo do país africano, na tarde da última sexta-feira (14), e pegou o voo de volta neste domingo (16), sem os bens apreendidos.
Informações apuradas pela equipe do Fantástico, da TV Globo, são de que a Receita Federal abriu processo administrativo que pode culminar com o leilão dos bens apreendidos.
'Chamava atenção'
Em depoimento à Polícia Federal, o auditor da Receita Federal que acompanhou a fiscalização das malas detalhou que os integrantes da comitiva foram advertidos que não poderiam entrar no Brasil com as malas sem submetê-las a inspeção.
Segundo o relato, dois indivíduos que carregavam as malas diziam que o conteúdo era de pertences pessoais do vice-presidente e, por isso, negavam-se a submetêla a inspeção.
O auditor destacou que uma das malas "chamava atenção por aparentar ser muito pesada", pelo "esforço que o homem que a carregava estava fazendo".